domingo, fevereiro 10, 2008

Copo cheio sem medo!

Se eu pudesse encontrar uma linha geral em todos meus textos e em minhas indagações e angustias filosóficas, talvez encontrasse a eterna dúvida da humanidade em poder conhecer, ou até mesmo vislumbrar, um caminho que ligasse o ser humano com segurança à uma concepção de verdade.

Tratava-se de uma dúvida sempre presente. Infelizmente para alguns posso hoje dizer que não creio ser possível, no atual estágio do conhecimentos e dos ceticismos implícitos e ignorados encontrar tal caminho.

Assim, perdidas as esperanças de encontro com um Deus, Salvador ou até mesmo filosofia absoluta, vejo-me obrigado a espairecer do único modo que à minha singela alma lhe cabe: por este diário.

Hoje afirmo: podem existir verdades. Certamente existem no mundo dos fatos, no mundo real, o qual não nos é autorizado por nossa constituição conhecer.

Como fica então, diante de tais dificuldades naturais de nossa constituição biológica nosso contato com o mundo externo a nossos sentidos?

A afirmação que farei parecerá pedante para alguns. Pretensiosa para muitos. E, certamente, inocente para todos. Mas creio, ainda que possivelmente taxado de simplificador da condição humana, que é a única maneira, o que transforma este texto, a despeito de meus maiores pesadelos intelectuais, em um exercício de auto ajuda.

O ditado é velho, quase clichê. Mas serve: Se pudéssemos ver um copo parcialmente cheio de água, para alguns mortais este recipiente estaria “meio cheio”. Para outros, “meio vazio”.

Impossível deixar de notar que conhecemos ao longo da vida pessoas que sempre observaram copos e taxaram-nos de meio cheios. São os otimistas. Os outros, do copo “meio vazio”, os pessimistas. Os primeiros desdenham de certa forma do sentimento de medo que paira sobre os humanos. Os segundo estão imersos neste sentimento.

Sejamos otimistas. Não tenhamos medo da vida. O único medo digno é o medo do fim. Da inexistência. Da inevitável morte.

Até lá, let’s celebrate the only life we have: our own!